Quanto custa para abrir uma empresa?

Se você decidiu empreender, é preciso se planejar. Você já deve ter um plano de negócios no horizonte, mas, antes de tudo, vale a pena entender quanto custa abrir uma empresa. Afinal, sem conhecer as despesas, você corre o risco de já começar no vermelho.

Entenda o que você vai gastar para iniciar o seu negócio

 Cada empresa terá um custo diferente, dependendo da estrutura e natureza do negócio, da modalidade de empreendimento e o Estado em que exercerá as suas atividades. Mesmo as taxas fixas, custos fiscais e tributários variam de acordo com as características do negócio.  Com planejamento, pode-se dimensionar um valor, mas não a exatidão dos custos.

Considere seis custos iniciais: custos fiscais, registro de marca/marketing, salários/pró-labore, regime tributário e investimento inicial.  Ao se decidir pela abertura de uma empresa, mais do que enumerar os custos iniciais, como as deliberações e taxas obrigatórias, é fundamental prever as despesas futuras.

Como estimar quanto custa abrir uma empresa?

 A escolha da estrutura jurídica do empreendimento será um dos pontos determinantes para mensurar os custos.  Uma empresa pode ser constituída como EIRLE – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, Sociedade Limitada ou Sociedade Anônima. O empreendedor também poderá se formalizar como MEI ou tornar-se um empresário individual.

Os custos variam conforme o tipo de empresa  

 Os custos e obrigações aumentam conforme o porte do negócio. Ao se formalizar como MEI, por exemplo, o processo é mais simples e envolve custos mais baixos.  Pode se obter o CNPJ sem nenhuma despesa. No entanto, nesta modalidade, o faturamento anual não pode exceder a R$ 81 mil. Por isso, é importante estar atento à escolha da estrutura.

Nesta etapa, é importante buscar a consultoria de um profissional da área contábil para se certificar dos custos envolvidos conforme o tipo de empresa que irá abrir.

Custos fiscais

 Não há como mensurar um valor exato de quanto custa abrir uma empresa no país mesmo quando nos referimos aos custos fiscais.  Cada Estado tem as suas taxas e políticas de incentivo.  Geralmente, o custo que abrange os procedimentos padrões (taxas) será em torno de R$ 450,00- valor sobre o qual devem ser acrescidos os honorários contábeis. É importante se certificar dos custos envolvidos conforme o tipo de empresa que irá abrir:

  • DARE: Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais
  • DARF: Documento de Arrecadação de Receitas Federais
  • Junta Comercial: taxa destinada ao registro público da empresa
  • Certificado Digital: exigido de empresas que emitem nota fiscal eletrônica para confirmar a sua autenticidade.

 Capital social

Para iniciar as atividades como empresa, é preciso declarar o seu capital social, ou seja, o total a investir para que a nova empresa se sustente enquanto não tem faturamento o suficiente. O valor representa uma espécie de garantia perante terceiros. Mas qual deve ser esse investimento? Conhecer a sua capacidade financeira (e dos seus sócios) é o primeiro passo, lembrando que o valor está diretamente relacionado à responsabilidade dos gestores.

Mais uma vez, o montante varia conforme o tipo de empresa. Se abrir uma Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), a formalização exige um capital social mínimo de 100 vezes o salário mínimo, o que hoje equivale a R$ 95.400,00.

Um contrato social precisa ser registrado na Junta Comercial ou no Cartório de Pessoas Jurídicas quando se trata de uma Sociedade Limitada.

Investimento inicial

Agora sim estamos falando de uma despesa que pode ser grande, dependendo do quanto seu orçamento permite. Esse custo está relacionado à compra e instalação de equipamentos essenciais para o início das atividades. No caso dos móveis, uma opção para reduzir a conta é recorrer a peças usadas, mas em boas condições.

Mas isso resolve só parte do problema. A depender da natureza do seu negócio, será preciso investir em tecnologia, softwares, máquinas e no estoque – caso atue com vendas ou produção.

Para definir o tamanho do seu investimento inicial, a melhor ferramenta é o plano de negócios. Se bem elaborado, o instrumento ajudará o empreendedor a decidir exatamente quais são as prioridades da empresa e as aquisições necessárias.

Ainda no quesito infraestrutura, se houver necessidade de aluguel da sede ou de ponto comercial, essa é uma despesa importante não apenas no começo da empresa, mas que se manterá entre os custos fixos mensais.

Registro de marca

O registro da marca é tão ou mais importante que a razão social e a escolha do nome fantasia da empresa.  Para ter exclusividade no uso do nome da empresa deve se incluir o registro de marca no planejamento de marketing.

Antes de solicitar o registro, é preciso pesquisar para saber se já não existe uma marca formalizada com o mesmo nome.  O INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial oferece ferramentas para essa pesquisa e também o valor de algumas taxas envolvidas no processo. Após o registro, paga-se uma taxa para garantir a exclusividade da marca por 10 anos.

O custo com o registro de marca também é bastante diversificado.  As despesas com este procedimento podem chegar a R$ 530,00.

Salários e pró-labore

Essa despesa não é imediata, mas não há como abrir uma empresa sem se preocupar com ela. A folha de pagamento terá um peso importante entre as despesas do negócio, especialmente nos seus primeiros meses de vida.

Definir um pró-labore evita o comprometimento financeiro da empresa. O pró-labore é o salário que será pago aos sócios, caso se opte pela abertura de uma empresa limitada.  Ao se definir o salário dos sócios, evitam-se retiradas de dinheiro do caixa de forma imprevista. Assim como o salário dos funcionários da empresa, o pró-labore deve ser definido e previsto como um custo fixo.

Regime tributário

Há três tipos de regimes de tributação: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. A escolha do regime tributário terá impacto na vida financeira do negócio, visto que determinará o quanto à empresa terá de pagar de impostos mensais e anuais.
O Simples Nacional é o regime tributário escolhido pela maioria dos empreendedores que visam simplificar os processos tributários.  Mas há algumas restrições em relação às atividades e o faturamento (máximo de R$ 4,8 milhões anuais) que o negócio pode ter para se enquadrar neste regime. Para minimizar os custos é valido elaborar o planejamento tributário, elencando a previsão de faturamento, previsão de despesas operacionais; margem de lucro e valor da despesa com empregados.

Deixe um comentário